11.20.2008

o melhor dos pecados

no momento em que o viu, se sentiu atraída. desde então, não pode mais fugir. depois da estranha conquista, do estranho flerte, do estranho beijo... não conseguia chegar perto de outro. o tempo passou, e ela notou algo que a surpreendeu: não tinha se cansado dele. muito pelo contrário, as horas em que estavam juntos eram as poucas em que ela se sentia à vontade, satisfeita, completa. a pequena intimidade do dia-a-dia fez com que ela se interesasse cada vez mais por aquele que tinha chamado sua atenção. só a sua presença já a excitava espontaneamente, de uma forma que ela nunca tinha sentido por outros que vieram antes dele. era tão natural, tão inocente... ele não tinha que fazer como os outros, que a forçavam, beijavam e apertavam. conseguiu despertar a vontade nela com um simples sorriso, um simples carinho. seu beijo bastou para que ela fizesse a decisão. seu toque foi a certeza de que eram aquelas mãos que ela queria sentir por seu corpo. os medos e traumas anteriores já não faziam mais parte dela desde o momento em que ele a envolveu contra si pela primeira vez. uma mistura de prazer, vontade e proteção invadiram sua mente e seu corpo, e ela se sentia segura e impaciente para ser dele por completo. a hora certa sempre chegava, mas tinha que ser adiada. uma série de imprevistos que serviram apenas para aumentar sua curiosidade. até que numa tarde, em meio aos beijos e apertos cheios de desejo num colchão, antes que pudece perceber, ela sentiu a dor tão esperada, mais intensa do que imaginava. e voltou a sentí-la. e de novo, e de novo, e de novo. até que a dor tomasse um ritmo incerto, rápido e ofegante. era a dor mais gostosa do mundo, a dor que a invadia. e depois de algumas vezes ela pode perceber que sem a dor, aquilo se tornava ainda melhor. estava feito. a malícia nascera dentro dela, e no fundo de seus olhos.
e foi assim que ela perdeu a virgindade.

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