11.29.2008

e agora?

talvez ela goste tanto dele por não ser convencional. que graça teria o cara perfeito pra ela? ela já o teve, e já se cansou dele antes mesmo que ele pudesse fazer alguma coisa pra impedir. trocou o cara perfeito por aquele com quem vive como cão e gato. insensatez, amor, falta de bom censo, curiosidade. vontade de se sentir protegida. vontade de ter alguém com quem brigar, alguém com quem fazer o amor. alguém tão igual a ela e ao mesmo tempo tão diferente. ela chora, ofende, faz drama, finge ser... pra depois se arrepender e mudar de idéia, só porque seu capricho já está feito. pronto. briguei, falei tudo, te odiei, e agora sinto sua falta. esquece e vamos ficar juntos. pena que pra ele não é tão simples assim, não é? mas você não se importa com o que ele quer, você é mais cruel do que você pensa. sabe que tem tudo para fazê-lo feliz, para que tudo volte ao normal. mas não quer, gosta do conflito. pois só assim você sente aquele amor, aquela vontade de tê-lo por perto. mas ele não te entende. você é cheia de querer, e ele também. alguém tem que ceder, e você cede sempre. não tem orgulho. mas ele tem. e isso se tornou seu principal objetivo, brigar pra ver se um dia o orgulho dele vacila por você. mas não. cada vez cresce mais, porque você não sabe o que quer e vive mudando de idéia. é fragilizada. apenas gosta dele, e isso é tão simples pra você. apenas o quer por perto, e isso é tão simples pra você. apenas queria que ele nunca tivesse aparecido na sua frente. e isso seria perfeito pra você.
talvez um dia ela mude de idéia. mas por enquanto o que não presta continua lhe agradando.

11.27.2008

o mais fiel ?

pare de se lamentar. a vida não vai pra frente se você ficar sentada, chorando, pedindo. a vida não te mimou assim. você sabe que tudo o que você quis, você teve que ir atrás pra conseguir. mas dessa vez é diferente. dessa vez não pode perseguir o que você quer, deixe-o livre. você sabe que ele sempre estará lá, sempre voltará. pra que toda essa insegurança? a imagem no espelho é infantil, mas não é de todo o mal. prende a atenção de quem te vê. provoca reações e elogios. quando essa beleza amadurecer, sabe que terá o mundo em suas mãos, pois por dentro todos sabem o quanto é mais bela ainda. e ele também, só não quer demonstrar. tem tanto medo de te perder quanto você. pare de se preocupar tanto. viva. aproveite. mostre o que você tem de melhor. pare de esconder seus melhores lados com medo do que ele vai achar. ele vai adorar, se você for você mesma. no fundo você sabe e se orgulha: todos os que te deixaram, voltaram. mas já era tarde demais. não teve um que não tenha se arrependido de ter te deixado. não tem um que depois você não tenha rejeitado. mas agora fez sua escolha. o escolheu, o deu a chance de ser feliz, assim como ele o fez com você. não o perca pros seus medos idiotas. o amor não tem paciência com os fracos.

11.25.2008

presa a ele, ela não sabia para onde ir. tentava fingir, tentava fugir, mas nã adiantava. como queria tê-lo só para ela!

11.23.2008

o que ele quer é ser feliz. e eu o vejo completamente feliz, mas só de longe. se estou perto, só o vejo impaciente, irritado e cansado. de longe, me vejo infeliz. e de perto também. chegou num ponto que não me sinto mais amada. não me sinto parte de sua vida. não me sinto mais sua.
e foi assim que eu deixei de te amar.

11.21.2008

corrompido

no princípio, o amava. tinha passado por muitas coisas em sua vida. falsos amores, falsas esperanças, falsas oportunidades. e ele surgiu do nada, lhe trazendo de novo a oportunidade, a esperança, o amor. se via feliz, e não sabia como aquilo um dia podia acabar. sabia que ia ser para sempre. mas o tempo, egoísta como ele é, não deixaria barato. como podia ver alguém feliz pra sempre? isso nunca acontecera antes, em todo o mundo, e não seria agora que ele ia permitir que isso acontecesse. o tempo entrou em ação, e conforme ele passava, trazia consigo as brigas e decepções, uma após a outra. exausta, ela se encontrava num desespero muito grande. o tempo tirou o amor dos olhos dele, o tempo tirou o amor do coração dele. ele não estava preparado para aquele sentimento, e o tempo o convenceu disso. e ela, mesmo sem motivação alguma, tentava. mas poucas vezes obtia o resultado esperado, e podia tê-lo só para si, aquele que ela amava, por alguns instantes. mas logo ele se cansava, e a deixava no mesmo nada de sempre. aprendeu a odiá-lo pelas vezes que a deixava de lado, que se tornavam cada vez mais constantes.

perto dele, não conseguia sentir nada de bom. tentativas frustadas de chamar a sua atenção só faziam com que a vergonha dentro dela aumentasse. perto dele o odiava. sentia raiva daquele que não lhe dava nenhum valor. queria que ele a olhasse, como sempre fazia antes, mas tudo o que conseguia eram algumas palavras de desprezo. perto dele se sentia presa, nauseada. perto dele era o pior lugar para se estar. mas cada vez que se afastava, nem que fosse um pouco, a vontade de tê-lo por perto surgia, e a vontade de chorar era por saudades. o amava de todo o coração, quando estava longe dele. sentia que tudo poderia ser superado se ele estivesse do seu lado. longe dele a única coisa que queria sentir eram seus carinhos, seus beijos, seu corpo. longe dele era o pior lugar para se estar.

foi assim que ele a matou.

11.20.2008

o melhor dos pecados

no momento em que o viu, se sentiu atraída. desde então, não pode mais fugir. depois da estranha conquista, do estranho flerte, do estranho beijo... não conseguia chegar perto de outro. o tempo passou, e ela notou algo que a surpreendeu: não tinha se cansado dele. muito pelo contrário, as horas em que estavam juntos eram as poucas em que ela se sentia à vontade, satisfeita, completa. a pequena intimidade do dia-a-dia fez com que ela se interesasse cada vez mais por aquele que tinha chamado sua atenção. só a sua presença já a excitava espontaneamente, de uma forma que ela nunca tinha sentido por outros que vieram antes dele. era tão natural, tão inocente... ele não tinha que fazer como os outros, que a forçavam, beijavam e apertavam. conseguiu despertar a vontade nela com um simples sorriso, um simples carinho. seu beijo bastou para que ela fizesse a decisão. seu toque foi a certeza de que eram aquelas mãos que ela queria sentir por seu corpo. os medos e traumas anteriores já não faziam mais parte dela desde o momento em que ele a envolveu contra si pela primeira vez. uma mistura de prazer, vontade e proteção invadiram sua mente e seu corpo, e ela se sentia segura e impaciente para ser dele por completo. a hora certa sempre chegava, mas tinha que ser adiada. uma série de imprevistos que serviram apenas para aumentar sua curiosidade. até que numa tarde, em meio aos beijos e apertos cheios de desejo num colchão, antes que pudece perceber, ela sentiu a dor tão esperada, mais intensa do que imaginava. e voltou a sentí-la. e de novo, e de novo, e de novo. até que a dor tomasse um ritmo incerto, rápido e ofegante. era a dor mais gostosa do mundo, a dor que a invadia. e depois de algumas vezes ela pode perceber que sem a dor, aquilo se tornava ainda melhor. estava feito. a malícia nascera dentro dela, e no fundo de seus olhos.
e foi assim que ela perdeu a virgindade.